Zolpidem Spray: uma cereja para dormir.
Sra. Maria Sleep estava, há 3 meses, rolando de um lado para o outro na cama, com dificuldade de conciliar o sono e acordando todos os dias exausta, sem disposição para as atividades do dia a dia. Resolveu então, experimentar o remédio que o marido usava para dormir. Na primeira noite, dormiu como uma pedra e acabou perdendo o horário para o trabalho. Na segunda noite, resolveu tomar apenas metade do comprimido, mas não conseguiu o efeito desejado, tomando a outra metade e outro comprimido inteiro para dormir. Após 2 semanas, já estava tomando 4 comprimidos e não dormia. Decidiu então marcar uma consulta psiquiátrica.
Relatou que estava em uso do comprimido de Zolpidem 10mg. O psiquiatra então trocou o comprimido de 10mg para a versão spray: “Dona Maria, só 1 borrifada e a senhora voltará a dormir como nunca”. Naquela noite, a Sra. Maria Sleep voltou para casa e já estava exausta, mas sem sono e fez logo 4 aplicações do Zolpidem. Quando acordou e foi para o trabalho, checou sua caixa de e-mail e havia inúmeros comprovantes de pagamentos de viagens que não se lembrava. Ficou preocupada e resolveu parar o uso do Zolpidem.
- Será que eu tive sonambulismo com esse remédio?
Hoje, conheceremos os mitos e verdades a respeito do Zolpidem, na versão spray.
Aprovado em 1998 e comercializado no Brasil à partir de 2007, é considerado uma “droga Z” – sedativo-hipnótico não benzodiazepínico, prescrito para controle de insônia. Surge com a promessa de tratar a dependência de benzodiazepínicos (alprazolam, clonazepam, diazepam), mas ao longo dos anos tornou-se um problema de saúde pública.
O Zolpidem spray foi lançado recentemente, pela empresa farmacêutica Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Atua no sistema nervoso central (SNC) e liga-se seletivamente ao receptor GABA-A na subunidade α1. É capaz de diminuir a latência do sono, momento em que o indivíduo está iniciando seu sono, e de regular o tempo de duração e qualidade do sono. Encontra-se disponível na apresentação solução spray 2,5mg/ ativação (100 µL). É possível garantir a entrega de 120 ativações em cada frasco de 12 ml (cada ativação equivale a 0,1 ml), que correspondem a 30 doses completas de 10 mg, em que 1 ativação equivale a 2,5 mg e 4 ativações equivalem a 10 mg.
Agora, vamos às dúvidas mais comuns:
- É um remédio tarja preta? Não! É prescrito no receituário de controle especial, entretanto, seu uso deverá ser feito sob cautela com acompanhamento e prescrição médica.
- Pode causar dependência? Sim e acontece muito! É comum, o indivíduo precisar de doses cada vez maiores para atingir o mesmo efeito (tolerância - 1 critério da dependência de hipnóticos).
- Pode ser usado por grávidas e lactantes? Não pode!
- Quais os efeitos adversos? Alucinações, sonambulismo, quedas, hiper sonolência, convulsões, amnésia, compras excessivas. Pode induzir estados de mania e hipomania.
- Quanto tempo demora para fazer efeito? Em torno de 30 minutos.
- Por quanto tempo devo usar? No máximo 4 semanas.
- Como devo usar?
De acordo com a bula, o produto deve ser usado na posição vertical e recomenda-se descartar as 4 primeiras ativações (figura 1) até que o duto do spray seja completamente preenchido.
Por fim, conheça as curiosidades do Zolpidem spray:
- Atenção diabéticos: contém açúcar.
- Apresenta-se na forma de uma solução límpida, de incolor a amarelo acastanhada, livre de partículas e com odor de cereja.
- Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações ou diretamente para o 192.
- Caso o produto não seja utilizado por 14 dias, aconselha-se desprezar uma ativação antes do novo uso.
- Causa dependência!
Lembre-se, o Zolpidem não é uma medicação isenta de riscos. É necessária uma consulta psiquiátrica para avaliar a indicação. O recomendado é tratar a causa da insônia e uma boa higiene do sono. Restou alguma dúvida? Entre em contato conosco!